sexta-feira, 15 de junho de 2012

Viver

A vida é realmente bela
os pássaros e as mulheres
pintados na aquarela

Pena que nem todos vivem
A maioria dos homens
Apenas sobrevive

Morrem banhados no sangue
impuro pelos pecados da vida
Nunca pescaram no mangue
Não tiveram curada nem uma ferida

Faço desse poema um apelo
Quero que os homens vivam como crianças
Com o vento esvoaçando o cabelo
E o amor a um passo de distância.

Final felino

Nove vidas é tudo que eu tinha
Nove vidas e nem mais um dia
Nove vidas e ela seria minha
Nove vidas e a última é a mais fria

Tão frágil e tão só
E com apenas a certeza
Que no final só serão ossos e pó

Tudo que vejo é aquilo que já vi
Mas é na última vida que se enxerga
de que o problema está no "se"
Ai se eu tivesse mais nove vidas...

Dilema

Me sinto sempre dividido
Há dias que sou o policial
Há dias que sou o bandido

O que é bom faz mal
O que é mal faz bem
Assim me sinto um refém
de fazer o que sempre convém

De tudo não aprendi nada
No nada eu aprendi tudo
O infinito é um vazio sem fim
e o vazio é uma parte de mim

Não há honra na morte
Não há virtude na vida
A primeira me traz a sorte
A segunda traz-me a ferida.

Dois Ursos Brancos

Me sinto invencível
Talvez imortal
sou invisível
Com uma dor sem igual

Tão livre que posso voar
Um espírito muito capaz
Tão preso que mal posso pensar
Apenas um pobre rapaz.

Serei o dono do mundo
A alegria não caberia em um jumbo
uma tristeza sem fundo
para um pecador imundo.

Sou um jovem esperto
Tenho tudo a ganhar
Sobrevivo em um grande deserto
O abismo é o meu lar.

Flor-de-lis

Como pode ela me atrair tanto?

Seus olhos e seu sorriso

causam em mim um encanto

que pareço estar no paraíso


Fiquei alguns dias sem dela saber

sem vê-la nunca ficarei

Em meus sonhos posso crer

Que sempre dela serei.


Ela é a razão do meu viver

Mil promessas já fiztodas para ela ver

que amo minha Flor-de-lis